
Redação Portal Fatos do Iguaçu com CIAUFPR
A edição nº 8 do Indicador do Agronegócio, divulgada nesta segunda-feira (9) pelo Centro de Informação do Agronegócio da Universidade Federal do Paraná (CIA/UFPR), aponta alta nos preços da soja e do milho na semana de 2 a 6 de junho, tanto no mercado físico do Paraná quanto nos contratos futuros da B3 e da Bolsa de Chicago (CBOT). O movimento ocorre mesmo diante da queda do dólar, que normalmente pressiona negativamente os preços das commodities brasileiras.
Soja: valorização constante e demanda firme 5n6x38
A saca da soja disponível no Paraná fechou a semana em R$ 127,40, com alta de 0,56% no período e 1,07% em relação à média da semana anterior. Já a soja balcão, modalidade negociada antecipadamente, encerrou a semana em R$ 118,15, representando variação semanal de 0,46%.
Na B3, os contratos futuros da soja também apresentaram valorização: o vencimento para julho/25 subiu de R$ 22,85 para R$ 23,45 por saca de 60 kg, impulsionado pela alta na CBOT e expectativa de estoques mais apertados no segundo semestre. Na CBOT, o contrato de julho fechou a semana em US$ 10,75/bushel, ante US$ 10,35 no início do período.
A elevação dos preços também foi sentida nos derivados. O farelo de soja teve alta de mais de US$ 10 por tonelada, negociado acima de US$ 385,00, com forte demanda no mercado asiático. O óleo de soja operou com leve volatilidade, mas manteve tendência positiva, influenciado pela recuperação do petróleo e demanda por biocombustíveis.
Milho: recuperação impulsionada por incertezas climáticas 5ea47
A saca do milho disponível no estado fechou a semana em R$ 63,06, com alta de 0,68%. Já o milho balcão foi negociado a R$ 55,19, com valorização semanal de 0,79%. O avanço dos preços reflete preocupações com a produtividade da segunda safra e a expectativa de demanda firme no segundo semestre.
Na B3, o contrato de julho/25 saltou de R$ 63,50 para R$ 64,80, e o contrato de novembro/25 superou os R$ 73,00. Na CBOT, o contrato de julho fechou próximo a US$ 4,60/bushel, também puxado pelas condições climáticas nos Estados Unidos e pela influência dos preços do petróleo, que impactam a produção de etanol.
Queda do dólar e seus reflexos 4t2w4f
Apesar da valorização das commodities, o dólar encerrou a semana cotado a R$ 5,59, com queda de R$ 0,11. O recuo foi impulsionado por menor aversão ao risco no cenário internacional e fluxo cambial positivo no Brasil. Essa desvalorização, porém, tende a reduzir a competitividade do produto brasileiro no exterior, exercendo pressão sobre os preços internos.
Mercado exige atenção estratégica 161c
A publicação destaca a importância do entendimento das modalidades de comercialização – balcão e disponível – e o uso de instrumentos financeiros da B3 como ferramentas de proteção contra oscilações. Para o CIA/UFPR, compreender a dinâmica entre mercado interno, bolsas internacionais e câmbio é essencial para o produtor rural tomar decisões estratégicas e garantir rentabilidade.
Leia na íntegra o boletim
INDICADOR DO AGRONEGÓCIO 09.06.2025