
Morreu fisicamente com 81 anos no dia 23 de maio de 2025 o arquiteto mineiro de Aimorés, que virou consagrado fotógrafo de projeção internacional, Sebastião Salgado (8/2/1944-23/05/2025).
Sebastião Salgado, não deixou legado só de fotografias, mas imagens de ações e reflexões ambientais, sociais. Dizem que junto com a esposa plantaram mais de 2,5 milhões de árvores em 25 anos em prol da Mata Atlântica, em área do Vale do Rio Doce. Criador do Instituto Terra.
Algumas fotografias icônicas de Sebastião Salgado: Mina de Ouro Serra Pelada (19986); Pinguins de Barbicha, Trabalhadores, Êxodos, Campo de Petróleo em Chamas, Filhotes de elefante-marinho-do sul, Amazonia, Grupo de Indígenas Waurá, Gênesis.
Sua morte física nos fez lembrar de pessoas que tiveram atividades em Pinhão, e que deixaram um grande e valiosos legado fotográfico. Entre outros: Frei Cobiniano Koesler, José Silvério de Camargo, Cláudio João Sens.
Importante destacar que para nossa memória visual e face pouca leitura da maioria do povo, é importante que fotos constem em livros, documentários. No Brasil nos últimos anos, o número de leitores diminuíram em 7 milhões, 53% não leem livros, 66% não leem textos de mais de 10 páginas, e há ainda o aspecto dos analfabetos funcionais, que sabem ler mas não conseguem compreender ou aplicar a informação escrita de forma eficaz em situações do cotidiano.
No Livro do José Silvério de Camargo, “Por que nosso Município chama-se PINHÃO?”, lançado em 15/10/1999, que temos um autografado e que estivemos presente no evento, há nele 96 fotografias.
No Livro de Francisco Dellê, “O irável Mundo em que vivi… uma história de vida pouco interessante”, lançado em 30/09/2023, há 209 fotografias.
Na noite de 24/05/2024, estivemos no Centro Catequético da Matriz de Pinhão, no lançamento de um Livro “Com a Graça de Deus, eu venci!”, da lavra da professora Evani Aparecida de Camargo Mendes, uma pérola e referência de objetividade, e nele 41 histórica, culturais e reflexivas fotografias.
Importante que pessoas que têm fotografias antigas de Pinhão e sua gente, compartilhem em sites como Imagens de Pinhão, e que na medida do possível sejam identificados ao menos algumas pessoas de fotos.
Temos um encanto por fotografias principalmente das antigas para conhecimento não só de histórias de personagens, mas como eram. E se possível o ANTES e DEPOIS de cada um.
Nos últimos tempos com advento de celulares, vivemos até uma quase febre, inflação e até excessos de postagens de fotografias, e que agora com a evolução tecnológica, tal qual escritos, ficam nas “Nuvens”, mas pela quantidade delas, álbuns precisam ser organizados e fotografias selecionadas, para não se perder a história no tempo e espaço, e em tempo de Modernidade Líquida do sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017), de consumismo, instituições fluídas, mobilidade geográfica, volatilidade, flexibilidade, trabalhista, obsolescência programada.
Luto da linhagem análoga, a do morte de Silvio Santos para a comunicação e TV, Rolando Boldrin para causos, Ary Toledo e Chico Anísio para o humor, Airton Senna para o automobilismo, Darci Brolini, José Vitorino Prestes e Zorardo de Deus Rocha para a política local e aí por diante.
Jornal “Fatos do Iguaçu”, há décadas faz não só registros escritos mas também fotográficos de Pinhão e Reserva do Iguaçu, e no encontro da Família Dellê, em 12 de outubro de 2019, Nara Coelho acabou sendo a fotógrafa do evento, e para nós um marco de grande legado histórico e de Doce lembrança, e que nesta abordagem fica todo o aqui exposto como uma homenagem pinhãoense ao grande fotógrafo, humanista e ambientalista Sebastião Salgado.
(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO)
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