
Acompanhamos meio que equidistante os trabalhos e alguns atos oficiais da 18ª. Festa do Pinhão dos dias 9 a 11/05/25. E depois de profundas reflexões, lembrar que em junho/2012 fomos assistir um show do André Rieu no Ibirapuera-SP, dois shows da Paula Fernandes, em Guarapuava; do Jota Quest em Caiobá; de ter assistido na TV o mega show da Lady Gaga no dia 3/05/25; este ano não fomos nem um dia na Festa de Pinhão, em síntese porque a mesma tomou um rumo incompatível com os nossos padrões, princípios, formação, por o Município ter tanto outras necessidades e prioridades, e se fazer gastos vultuosos com um mega festa e mais saída de recursos do que benefícios na nossa desprezível e desconsiderável idiossincrasia.
O show da Madonna no ano ado no Rio de Janeiro-RJ, dizem que foram gastos R$62 milhões e retorno financeiro de R$300 milhões. O show da Lady Gaga, que não é gaga, os dispêndios foram de R$92 milhões, 30 de recursos públicos e o resto de 11 empresas do setor privado, e retorno buscado para ser de 600 milhões. Esses números nos dá uma espécie de curto circuito nos miolos e aqui o enfoque só para contextualizar os talvez 4 milhões de gastos com a Festa do Pinhão e que ainda não se tem ideia de contrapartida e dos benefícios colhidos além do contentamento do festeiro povo que de direito e de justiça tem que ser levado em consideração.
Graças a TV Fatos e alguns outros vídeos postado, a Festa veio até nós, e deu para ter uma ideia do gigantismo da estrutura e busca do maior, melhor.
O enfoque acima é um simples posicionamento de um simples ser cidadão, e de relevância mais pessoal, educacional e de âmbito familiar e sucessório, pois de interesse público mesmo e do regime democrático que é importante mesmo, é que expressiva maioria da população de Pinhão, são festeiro e estiveram e estão satisfeitos, alegres, contentes, e uns até deslumbrados com o evento.
Daqui uns dias (de 30/05 a 8/6/25) teremos a 72ª. Festa do Divino Espírito Santo, padroeiro dos católicos de Pinhão, e as chamadas barraquinhas, binguinhos, deliciosos pasteis e outros salgadinhos, movimentam a comunidade e em torno de 300 ou mais voluntários trabalham ajudando o êxito da Festa, sem fomento a alcoolismo e recursos bem aplicados.
Quando criança achava bonito e gostava muito de dançar. Fazia planos de que quando completasse 18 anos ou ficasse maior de idade, não iria perder baile. Depois e jovem timidamente participamos de alguns bailes de fazenda, os mais famosos no Butiá, localidade de Reserva do Iguaçu, em Pinhão, na residência dos saudosos Erondi Lustosa Dangui e prima Leonidia da Silva Dangui; nos bailes do saudoso Clube União e Progresso.
Por lembrar de dança, bailes, lembramos aqui uma crônica de nº. 734 de nossa lavra publicada em 28/12/2023 no Jornal digital do “Fatos do Iguaçu”, sobre o encanto que temos de ver o contentamento, alegria, das pessoas dançando em Pinhão, com destaque para os matinês, domingueiras e bailes da Terceira Idade e que assistimos vídeos colocados no facebook/internet principalmente pela munícipe Ivone Dangui.
Meu também saudoso pai, gaiteiro e gostador de festividades falava muito em EVOLUÇÃO, pelos transformações do mundo moderno e contemporâneo. E aproveitou pouco dos avanços tecnológicos, pois, até para assistir televisão e programas do Silvio Santos, que gostava, era com imagens chuviscadas e muita mexeção em antena. De festividades gostava tanto que foi da Diretoria (2º. orador) da fundação do Clube União e Progresso em 1944, e da Diretoria que construíram a antiga e bela Igreja da nossa hoje Matriz.
Em Pinhão temos boas lembranças de alguns shows que assistimos, entre outros: de Berenice Azambuja, do argentino Dante Ramon Ledesma, Cantores de Deus, Jane e Erondi, Gilberto e Gilmar, Fernando e Sorocaba, Eduardo Costa; dos das Festas da Matriz, com os Mirins, os Monarcas, Marinês Siqueira, dos Serranos, Grupo Cordiona do saudoso Porca Véia.
Povo de Pinhão é festeiro, e festa sem álcool ou excesso dele, e com dança que está impregnada em suas almas, irradia contentamento e não me canso de ver o povo dançando, só não tendo coragem de ficar dançando sozinho na frente do palco como o Sassá fazia, ou na rua nas Festas do Divino e nos barracões de festas das Capelas do interior. Viva o Divino, Foliões e Pinhão!
(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO).
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